É tudo...
É essa pungência de vida que me prende à cadeira,
emaranhando-me em mim como se fosse um bicho da seda a me fiar...
Desfiando-me...
Desafiando-me...
São momentos inapropriados de vida. Questiono a essência da
existência e vou cavando com a ponta dos dedos esse poço que promete matar
minha sede de vida, quiçá um dia ele realize meus desejos...
E então, eu lhe mostraria que no peito trago o desenho da rosa
dos ventos, só para saber se a esperança, ao menos sabe, para onde eles foram.
Tudo passa sem deixar rastro nem pistas, onde me desencaixo
e por mais que me desdobre...
Não desamarroto...