30.4.11

...Ode ao Amor...


Quisera ter sido
Açucarada
De festim
.
.
.
Então
Rasgou o cano
E impos o fim
.
.
.

(imagem encontrada sem querer...um saudoso tributo àquele ontem...)

...Matreira...Mente... (Parte I)

O avião pousou. O click dos cintos sendo desafivelados soou-lhe como o estouro de grilhões, enfim as merecidas férias.
O calor do sol o acolheu em seus braços como amantíssima mãe, o cheiro de maresia já podia ser sentido, ou seria apenas sua saudade do mar?
Quase 10 anos sem tirar férias de verdade, uma estafa galopante o obrigara a desligar e sair do burburinho do centro da grande metrópole, onde dirigia um renomado escritório de arquitetura. Agora não era mais apenas por puro prazer, fora uma urgência que o corpo lhe impunha se quisesse garantir a saúde, ainda ecoava a voz do médico decretando o diagnostico.
Tomou um taxi e seguiu para o hotel, como se estivesse arrastando um bonde pelas avenidas arborizadas. Estava tão cansado que nem conseguia se distrair com a diferente paisagem. Teria tempo para isso, pensou fechando os olhos e se afundando no estofado da sua carruagem.
Depois de cumprir as formalidades do hotel, jogou-se na cama tirando apenas o sapato. Adormeceu instantaneamente um sono sem sonhos. Despertou ainda procurando a paisagem do seu quarto, em busca do despertador que não saia da cabeceira, acordou, não estava em casa. Conferiu no relógio de pulso, assustou-se, dormira por quase 12 horas.  Era já madrugada, ainda sonolento foi conferir na janela a paisagem. Como pedira na reserva, a única coisa que o apartava da vista do mar era uma rua com uma calçada adornada por arboriza orla de coqueiros. A lua se fazia alta e cheia, produzindo um espetacular cenário no mar.
Agora mais calmo, respirou profundamente  aquele perfume de mar, que agora percebia como a falta que lhe acompanhara calada por tanto tempo. Sentiu-se revigorado e resolveu que começaria aproveitar - agora. Banhou-se e vestiu-se com bermuda leve e camisa aberta de botões, uma sunga por baixo e uma sandália de couro que comprara no aeroporto, como um amuleto de boas vindas as suas férias; como seus pés estavam brancos, sorriu constatando.
Antes de sair, dado o horário, conferiu com a recepção as condições de segurança do local, podia explorar sem medos, havia guarda municipal na orla e também boa iluminação. Atravessou a rua e pisou na calçada, como pé direito, rumo ao mar. Desde quando se entregava aos misticismos? Sorriu, precisava fazer valer a pena, a muito vinha pensando sobre sua atarefada e solitária vida.
O barulho do vento, das ondas arrebentando na praia era um convite a um passeio na beira mar. A praia estava deserta, dada a hora, era só sua. Livrou-se sem pressa do calçado e sentiu sob os pés o frescor da areia. Precisou fechar os olhos para eternizar esse momento. Andando podia escutar o barulho da areia cedendo ao seu peso, uma deliciosa sensação de cócegas nessa massagem que lhe proporcionava relaxamento por todo o corpo. A brisa agora acariciava seu corpo invadindo as frestas da roupa. Embora estivesse sozinho, experimentou a sensação de completude; sob um manto de estrelas, uma lua cheia o saudava. O mar "iluminado" lhe oferecia a visão do infinito. Sentiu-se neste momento parte do universo.


CONTINUA: https://confidenciasdeguardanapo.blogspot.com.br/2011/05/matreiramenteparte-ii.html

29.4.11

...Minha Alma Convida...



Como sabem, sempre procuro compartilhar sempre tudo e hoje, convido quem estiver na capital paulista a um momento especial.
Quando conheci o Marcos Abranches, estava num momento muito delicado da minha vida, aquele em que você se faz a célebre pergunta: SER ou NÃO SER! Bem, como sempre o universo me dá uns “chulaps” bem dados e merecidos, certamente. Conhecer o Marquinhos foi, ver com os olhos, mastigar com a alma e engolir com a emoção...se SER ou NÃO SER era uma questão, ele literalmente me esfregou na “cara”que o mais importante é O QUE QUERO SER!
Em breve ele estará com um blog e daí poderão desfrutar de maiores intimidades sobre esse artista que se agiganta no palco, aliás, onde verdadeiramente se posta um DEUS no OLIMPO.
Não percam!
Onde: TD – Teatro de Dança (Capacidade: 278 lugares)
Endereço: Av.Ipiranga, 344 – Subsolo, Edifício Itália – São Paulo/SP [Metrô República]
Acessibilidade: Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais
Quanto: R$ 4,00 (inteira), R$ 2,00 (meia)
Dia: De quinta a domingo.
Horário: Quinta e sexta-feira às 21h, sábado às 20h e domingo às 18h
Gênero: Contemporânea
Temporada: De 28 de Abril a 01 de Maio de 2011
Mais Informações: Tel.: (11) 2189 2557
Outras informações: Ar-condicionado, Estacionamento: R$ 15,00 com manobrista
http://sp.culturando.com/tag/marcos-abranchessao-paulo/

28.4.11

...Con...Cava...


Onde me ouve som
Eu me toco silencio

Onde me le verbo
Eu me rasgo carne

Onde me ve sombra
Eu me ofusco em luz

Onde me desenha convexa
Eu me espelho concava

27.4.11

...Mari...onete...


Um fosso encortinado é o palco
Forjada penumbra que a luz disfarça
Enlevo de uma hipnotizada platéia
Com sorrisos aleivosos
Executa rodopios espalhafatosos
Um salto com arremedo de artista culmina
Acendem-se as luzes
Aplausos às cavilosas mãos que manipulam
Em pontas
Boba bailarina

  
Na solitária costura um bordado em mimo do estimado Poeta Miguel
Explicito meu agradecimento
Publico

Um fosso encortinado é o palco / único passo
Forjada penumbra que a luz disfarça / intocável
Enlevo de uma hipnotizada platéia / - estrela suspensa -
Com sorrisos aleivosos / para a viagem sem regresso
Executa rodopios espalhafatosos / supremo anseio
Um salto com arremedo de artista culmina / funde-se ao nada
Acendem-se as luzes / ao enigma
Aplausos às cavilosas mãos que manipulam / inefável ardil
Em pontas / desejo ardente
Boba bailarina / no espaço


Único passo
Intocável
-estrela suspensa-
Para a viagem sem regresso
Supremo anseio
Funde-se ao nada
Ao enigma
Inefável ardil
Desejo ardente
No espaço




26.4.11

...Sinais...

Em travessão os diálogos agarram-se antes de afogarem-se na garganta
Olhar impetrante como dois pontos
Entre aspas silenciosos uivos
Agoniza à indiferença diante do ponto de interrogação
Sucumbe no estanque da exclamação
Já se apalpa a separação entre as virgulas
Sem forças ainda insinua um ponto e virgula
Encaminhando ao sorumbático ponto final
Ainda num ultimo fôlego recorre às reticencias

25.4.11

Rosa do mistério sobre a Terra...

Assim recebo a visita do estimado Poeta Miguel em...Tempo...Tempo...
Obrigada Querido! Sempre um prazer o nosso bailado!




Rasgos em carne se abre
                                  *Um mergulho no fundo de mim
             Recolhimento
                                    *Um agreste do medo
                                    Eclode a poeta
                                                       *Ou a efêmera violeta



...Tempo...Tempo...


Traços perfeitos desmancham-se em borrões
O que seria o tempo?
.
.
.
Digo Borboleta
Farfalha na imensidão da sua breve eternidade
Mas isso importa?
As flores também não são eternas
Mas nem por isso deixam de ser reverenciadas

24.4.11

...Renovação...

Caríssimos,
A páscoa em mim se fez, mais uma vez. E trago a todos os meus votos de que cada um possa fazer a sua reflexão acerca dessa necessária renovação. Fico aqui pensando os diversos significados que esse dia representa a cada um de nós, cada um com suas arraigadas crenças culturais, interpretando e aplicando nas suas vidas esses signos.
A tradicional troca de ovos de chocolate talvez passe despercebida para muitos, pois, tornou-se uma mera oferta massificada capitalista, mas, o OVO traz em si a representação da renovação da VIDA;  bem como, o sentido pascal no cristianismo, a ressurreição do rabi Cristo – a renovação.
Não importa qual seja a sua crença, ou a sua descrença...o que importa ao meu ver de verdade, é que nos foi instituído HOJE, como um dia propicio à reflexão do contraponto ANTIGO X NOVO. O que de fato desejamos renovar nas nossas vidas nessa caminhada em busca da plenitude terrena, como seres humanos; da plenitude enquanto almas que buscam a perfeição.
Retorno “renovada”.
Feliz Páscoa!

2.4.11

...Ausencia...

Prezados amigos, visitantes, curiosos e afins que aqui chegam.
Desde que abri esse espaço em novembro do ano passado, tenho me dedicado com todo carinho diariamente, procurando deixar um lugar agradável e interessante a quem visita; e como alguns já puderam percebem, eu sou inteira em tudo que faço, me jogo, me dedico, mergulho de corpo e alma...
 Por este motivo, preciso comunicar-lhes: precisarei ausentar-me pelo período de um mês mais ou menos.
Espero poder retornar com muitas novidades.
Torçam por mim...me enviem bons fluidos...
Somos como teias no universo, basta pensar que nos conectamos...
Que Ele abra-se a todos nós em Bençãos e Paz!


"Tenho de ter paciência para não me perder
dentro de mim:
vivo me perdendo de vista.
Preciso de paciência
porque sou vários caminhos,
inclusive o fatal beco sem saída."

[Clarice Lispector]


 
No meu quarto de mulher
Repousam
Eu e meus encantos
Nas paredes
Quadros que não pintei
Marcas das minhas digitais
O chão ecoa meus passos
Firmes, vacilantes, rápidos, lépidos
O teto silencioso amigo confidente
Guarda meus segredos
Pelos cantos
Há de se encontrar a poeira da minha memória
No ar
Recendia o meu cheiro
Aqui, tudo sou Eu
Quando estou
E até quando não estou

1.4.11

...Plena...


A passarinhada gorjeia lá fora
Hinos de pautas que jamais sonhei compor
O sol em matizes ofusca
O dia escorre como água
Cristalino e suave
Com enlevo fito o horizonte
Cócegas no céu da boca  
Quietude prazerosa

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...Sobre Imagens...

Informo que algumas imagens utilizadas aqui, não são da minha autoria, tendo sido em sua maioria, provenientes do google imagens. Ficando assim, à disposição dos seus respectivos autores, solicitarem a retirada a qualquer momento.

Fiéis escudeiros! Fàilte!