A tarde fora trazida em um alçapão. Uma passagem secreta. Um portal à morada dos deuses?!?
Sentia-se como se estivesse sendo lentamente dissecada. Mergulhada em uma xícara de café forte e com pouco açúcar. O olhar perdido no infinito, alheio ao sabor que impregnava seus lábios, lambendo a língua e surfando pela garganta abaixo. Estava se engolindo sem se dar conta do sabor!
Eram muito estreitos esses momentos para que pudesse definir o que sua alma transpirava.
Perdera as contas de quantas vezes ficava assim, submersa nesse mar de nuvens avermelhadas. Seu paraíso e por mais que pisasse firme nas calças da vida, sua alma sempre estaria de asas abertas, entregue ao vendaval do destino.
Cerra a cortina dos olhos, é hora do dia descansar.
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