Queridos,
Aprendi que na vida tudo transita entre o INÍCIO, o MEIO e o FIM. E nessa minha jornada, sigo propondo-me desafios pessoais, pois, o desconhecido e as surpresas sempre me dão mais prazer.
A criação desse blog fora um desafio e tanto: EXPOR-ME! Não fazia idéia do quando daria certo, se ao menos alguém me leria, estava num momento de profunda fragilidade, foi na hora certa, creio, que iniciei esse intento.
Aqui me compartilhei nua, dolorida, triste, feliz, cansada, exultante...sentimentos, emoções que jamais em tempo algum, fui capaz de expor assim de forma tão explicita em público. Sempre fui muito reservada!
Bem, confesso que me deu prazer e empolgada, bordei essas páginas com desvelo, como diria Caetano: “com sangue, suor e saliva”.
Mas, o tempo corre sempre em direção ao horizonte e depois de caminhar a ermo, pressenti que esse ciclo urgia ser fechado. A ventania veio, e varreu tudo, abrindo clareira n’alma e então, percebi que estar viva, é um pressuposto, de que ainda não havia chegado ao fim da minha história. Arregacei as mangas e revi meus projetos, reformulei as plantas, corrigi detalhes e enfim, concluí o meu local de pouso.
É chegada a minha hora de reconstrução interna. Nesse momento, atravesso a ponte elevadiça ao som do vento que assovia nos meus ouvidos um hino de louvor, talvez...sinto sob meus pés as pedras ainda pontiagudas, recém colocadas e sinto na carne minhas paredes nuas, meus comodos vazios estão frios; faz-se necessário agora que ganhem vida e cá estou Eu, mais uma vez, pronta para recomeçar.
Poderia por fim em tudo, simplesmente “deletar” e esquecer. Mas não o faço tão somente, em respeito a MIM, que tudo que faço, faço com dedicação, mas também, a todos que aqui passaram e estiveram comigo.
O blog fica aqui, como um marco, um obelisco ao desafio e ousadia...um portal que finalmente transpus.
Agradeço a todos o carinho, a presença, os mimos a solidariedade. Aos amigos mais próximos, sabem como me encontrar. Aos passantes, até qualquer dia...talvez, num outro momento, num outro lugar...
Beijos recheados de dengos...
Que o vento desfralde-me...
Que a vida permita-me perder-me em seus caminhos...
Mas que também...
Eu nunca esqueça de olhar para o horizonte...
Que eu possa ser avistada de todos os angulos...
E nunca me esqueça de ter-me como meu Principal Referencial...
Que a vida permita-me perder-me em seus caminhos...
Mas que também...
Eu nunca esqueça de olhar para o horizonte...
Que eu possa ser avistada de todos os angulos...
E nunca me esqueça de ter-me como meu Principal Referencial...