Ainda há poesia em permanecer em silêncio, se o único idioma que hoje reconheço,
são as lembranças guardadas no abismo das sensações dos teus dedos úmidos de
desejo; grafitando meu corpo como palavras soltas, morfologia entre vírgulas entrelaçando
emoções, transpirando nas minhas curvas e cavas, o passado como tinteiro de uma
poesia que transcendeu.
Sinto tanto sua falta, que já nem me lembro de como eu era sem você,
como se não mais me pertencesse, como um testamento sem herdeiros...
Embora isso não te confira o
direito de posse, há coisas que estão à revelia do nosso querer, do nosso
poder...
Ainda existem imagens que me lembram todos os dias o abismo que cunhaste
entre nós, e faço disso também poesia...
6 comentários:
Sublime erotismo. Belo.
Vivi um sentimento assim. Pena que nem chegou a consumar-se.
Que saudade, V.
Tudo que devia ter sido consumado, foi vivenciado no tempo certo...hoje vivemos nos consumindo...miticamente falando...rs
Ainda estou naquela de "se não for carnal, eu fico mal".
Há coisa que não são palpáveis, mas realizam igualmente...
Bjão
V.
Só agora estou entendendo o que tu quiseste dizer, Val!
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