14.10.13

...Autofagismo...

Ainda estou aqui, com um impulso involuntário de um coração, que desobedecendo a encouraçada razão, sangra sem poder escoar. Um autofagismo  que alimenta este incoerente desejo. Não há saídas, nem luz, nem um sinal de fumaça, nem um pombo correio, nem um derradeiro raio que me parta e faça com esta saudade se afaste de mim.  Aqui neste solitário oasis, adormeço nas lembranças do teu cheiro, banho-me no sabor da saliva com teu gosto, aqueço-me no calor da tua respiração. São estas páginas nuas que me encobrem como um sudário, copiando marcas profundas que perpetuam a falta que me fazes. Passaporte da minha alma errante, petulante e vaidosa que vaga sem esperança, sem nenhuma certeza, como se tudo não tivesse passado de um mero sonho...do qual não consigo e nem quero acordar...

2 comentários:

Anônimo disse...

Falastes para mim dar uma passada nos teus escritos de 2011, 2012... e me impressiona e salta aos olhos, é claro, uma transição íntima, pessoal.
É sofrido mas tens os teus mecanismos de fuga e o maravilhoso é a forma sublime e rascante como tu consegues expressar e partilhar tão generosamente estes teus momentos. Menina, tu és mágica pura, uma Iara, Iemanjá uma sedutora sereia.
Até, Val.

V.Cruz disse...

Que dizer sobre um comentário deste?
Obrigada
Bjão
V.

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Fiéis escudeiros! Fàilte!