Ah essas mulheres que habitam em mim...
Tantos reversos e versos...
Tantas páginas alinhavadas numa tessitura de bordados inacabados...
Escoando em gotejamento intermitente de mares...
Delineadas por marés que cavam em arrebentações as enseadas indolentes do existir...
Cruzam tantas portas escancaradas que batem forte na fúria da ventania...
São tantos sóis que se põem sem vontade de renascer...
Escondem-se sob o manto da noite aguardando as fases da lua...
Fadigadas adormecem sem fechar os olhos...
E acordadas passeiam no universo onírico vertido pelo tempo...
Ah essa mulheres indolentes que tumultuam as vagas da minha existencia...
Habitam inexplicavelmente essa única que veem:
O contorno de um simples reflexo...