É tão estranho esse momento...
Sinto como se tudo ao meu redor estivesse desgastado, ruido e sem ruído...
Não ha desmoronamento, nem avalanches, nem precipícios que entornem esse caldo espesso que me fluidifica as idéias.
Não, não há!
Há uma certeza que ainda há incertezas atrás das portas, usurpando o que o mundo não precisa mais ouvir. Mas, já me avisto novamente com a pele que me cobre inteiramente despida de emoções e sigo esvaziando meus ouvidos moucos e na face, apenas, destampadas as retinas de papel quase branco.
Deixo que o vento respire por minhas narinas e as gralhas recitem as poesias que eu poderia escrever.
Piso firme em solo de nuvens alvas e vou deixando pegadas cinzas, até que se apague a brasa da tarde, numa chuva de cinzas florescidas que escoa das minhas mãos...
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