20.5.12

Desembrulhando


Despi-me das desilusões rolando pelas escadarias como arcos ogivais de pedras polidas pelo tempo.
Das palavras destecidas ao acaso, do vento que passa lépido, rodopiando à revelia dos mares e das marés que me levam e me trazem.
Não há nada mais saboroso do que provar minh’ alma esvaziada.
Do que entregar-me à vida sem reservas e sem traços certos de destino.
Sendo arrebatada em rodopios com o vento ora amigo, ora predador, que me quer consumir até o último respiro.
Um caramelo de alcaçuz saboroso aos olhos, às narinas abertas, impregnado de uma docilidade que se apropria da minha existência, como se jamais tivesse provado dissabores.
Pronto para ser derretido no céu da boca...
Desembrulhando...
Em câmera lenta como um suspiro...

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