3.2.15

Carpideira

O tempo ainda se perde no labirinto de reprises. A escuridão confabula com a madrugada. Sussurram pelas frestas do meu pensamento solitário que voa com os pés no chão. Os olhos não refletem, os lábios não divulgam.
Quem se atrever a pensar que na fantasia não tem realidade, nunca viveu a vida de verdade; mas toda fábula sempre encontra o desfecho, desmistificando as maldições. O destino um abraço ateu, se aparta de mim sem emoção, uma fase crua sem nenhuma mitologia.
O espaço é uma herança - tempo real do vazio preenchido de distâncias - noites despertas em olhos baços.
A razão, sem nenhuma razão, me mantém acordada, adormeceu apenas meu coração. Mantendo-me alerta, uma carpideira num sepulcro de veias.
Um dia o sono vence, parto para Meteora e te levo comigo – lá poderemos ser pedra em paz...



[Sob o pseudônimo Lápis em ponta] 

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