Os vãos da cidade manipulam gemidos. Imitam bocas com sorrisos tortos; estranhas, coladas umas as outras, parecem escarnecer de toda ingenuidade. Tropeço em contos de fadas que não coincidem com os meus e a cada vez que me detenho contemplando o céu, brotam narcisos ao meu redor. E como lagunas entorpecidas me cortando ao meio como um espelho, minha imagem num oásis fazendo parte desta legião, sorrindo, escarnecendo, no ritmo da dança da chuva à espera do milagre:
Girinos na lama seca dormitando até o juízo final...[sob o pseudônimo Lápis sem Ponta]
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