Dobrando as esquinas sem olhar para trás...
Como quem carrega um bilhete de amor que nunca chegará ao destino...
Encalco com força os pés nas poças da solidão...
São eles que sustentam o refinamento pretensioso de um querer além do querer...
Deixariam só pegadas...
Se não fosse a urdidura do meu silencio...
Um novo roteiro tramado ao nascer do sol...
Que por tantas vezes, me turva as vistas e me perco...
Que alumia o meu encontro no cansaço do fim do dia...
São tantas as dobraduras que já nem me dou conta do quanto vou me despedaçando em porções de tristezas e alegrias...
Como despojos esquecidos à beira do caminho...
Partes inteiras abandonadas a uma fome de esperança que rói por dentro...
De uma única que sucumbe lentamente...
Orgulhosa por não alimentar-se de migalhas!
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