12.5.12

A cor dos furacões


O transparente é cor?
Todas as vezes que imaginei ter-me visto nos teus olhos quem estava lá senão, Nós?

É fato que Eu já fui água fresca...
E Tu já foste a sede...

Há um que nos porquês, que haveremos todos de um dia saber, onde já não somos mais e quiçá, um dia tenhamos sido.
E pelos caminhos percorridos, das pontes que construímos para atravessar mares bravios, me desdobrei nos tumultuados acordes do vento que se desprenderam das minhas narinas, ao te mirar olho de furacão.
E então silenciou minha boca em cálice, colhendo as gotas de sangue dos teus lábios, extraídos com mordidas, por ser assim, que se grafita a bandeira de um corsário.
Tu partiste dormindo e eu me recolhi no sonho dos furacões. Curiosamente, ambos em brumas espessas - anuviando a passagem secreta do tempo, impedida pelas pilhagens sem valor que trouxeste dos teus salobos porões.
E agora do lado de cá - aquecida pela brisa  que despenteia a margem do meu querer solitário, só me resta - o roçar dos lábios nessa borda fria de um sonho que não me deixa despertar. 

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