17.2.14

BORBULHAS

Depois de desarrumar o sorriso no rosto, pensei ter visto minha face borbulhando na lua. Estava convicta de que aquela noite seria a derradeira e talvez tenha sido. Sorri, chorei, vibrei, abri e fechei os braços como um abraço eterno por todas as outras noites, por todos os incansáveis dias frios, por toda a mansidão que escondia as tormentas por dentro da menina, uma genuína rebeldia.
Cantarolei, dancei, experimentei a fúria e a mansidão como se beber do cálice da vida, fosse, ingerir uma iguaria rara num momento de muita fome. A avidez suplantou a calma e em nenhum momento consegui imaginar que estava tendo a chance, a chance única de me salvar de mim.
Era uma noite tão morna, tão negra, que poderia ter adormecido sob o convite dos sonhos.
Mas o tempo virou não sei se contra ou ao meu favor e amanheci sem saber em que pedaço do céu havia me encaixado.

Talvez não seja nem mesmo um mau céu, nem mesmo um bom inferno...

6 comentários:

Anônimo disse...

O "up side down", euforia e realidade. São o combustível para mantermos longe (bem longe) da alienação, do descaso, do desamor e da velha e conformista "atitude blasé".
"Come home, hell".

Anônimo disse...

Os caminhos são todos que estão disponíveis, seja qual for a escolha, o céu e o inferno estarão lá, instigando tua dúvida, exigindo tua opção, provocando em ti todo o sentimento entranhado na tua sobrecarregada alma, e essa sobrecarga sentimental é e acho que sempre será a tua sina tanto para o bem quanto para o mal. Se há sofrimentos, é por que essa guerreira nunca há de fugir desse rosário de sentimentos, culpas, alegrias e decepções, que fazem ser este ente primoroso e apaixonante para quem agora escrevo, acaricio e beijo.
Dance, cante, beije, ame, suba aos céus e desça aos infernos, pois sabes muito bem como adentrá-los e neles conviver mas nunca esquecendo de voltar a nidificar perto daqueles que te amam, pois apesar de todos os teus problemas, tropeços e, por que não, defeitos, não conseguiríamos viver sem a tua presença.
Ps. Quando a fase "blue" passar, estaremos nas esquinas da vida e da poesia a te esperar.
Um suave beijo.

V.Cruz disse...

Amigo querido, como é bom poder sentir o calor de um acalento! Não estranhe muito meus momentos blue, eles são constantes porém passageiros, mas também, contraditoriamente donos da minha poesia...mas ultimamente tem sido bem menos...
Agradeço este seu delicioso carinho que me alcança.
Bjão V.

Anônimo disse...

Enquanto houver sentimentos, estarei ao teu alcance.
Enquanto houver prazer, estarei a seu dispor.
E quando não houver mais nada, serei teu seguidor.

Beijos.

V.Cruz disse...

Sentimentos é alimento da alma e faz de nós fonte inesgotável!
Bom dia!
Bjão
V.

Anônimo disse...

É a certeza que nunca irei morrer dessa fome.
Beijos.

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