Ainda estou aqui,
com um impulso involuntário de um coração, que desobedecendo a encouraçada razão,
sangra sem poder escoar. Um autofagismo que
alimenta este incoerente desejo. Não há saídas, nem luz, nem um sinal de
fumaça, nem um pombo correio, nem um derradeiro raio que me parta e faça com esta
saudade se afaste de mim. Aqui neste
solitário oasis, adormeço nas lembranças do teu cheiro, banho-me no sabor da
saliva com teu gosto, aqueço-me no calor da tua respiração. São estas páginas
nuas que me encobrem como um sudário, copiando marcas profundas que perpetuam a
falta que me fazes. Passaporte da minha alma errante, petulante e vaidosa que vaga
sem esperança, sem nenhuma certeza, como se tudo não tivesse passado de um mero
sonho...do qual não consigo e nem quero acordar...
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...Sobre Imagens...
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2 comentários:
Falastes para mim dar uma passada nos teus escritos de 2011, 2012... e me impressiona e salta aos olhos, é claro, uma transição íntima, pessoal.
É sofrido mas tens os teus mecanismos de fuga e o maravilhoso é a forma sublime e rascante como tu consegues expressar e partilhar tão generosamente estes teus momentos. Menina, tu és mágica pura, uma Iara, Iemanjá uma sedutora sereia.
Até, Val.
Que dizer sobre um comentário deste?
Obrigada
Bjão
V.
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