Parece o gemer do
último dormente em despedida quando abro aquela porta. Um pacto entre estrelas
que resolveram se chocar no mesmo instante em que cedi ao cansaço e fechei os
olhos.
Cansaço. Foi assim que cheguei e me joguei no sofá. Não queria falar, mas
comecei a narrar tudo que estava lá fora, com uma calma que também não era minha. Uma tentativa de expressar o que não
encontro em palavra para definir, os meus dias que se amontoam, uns sobre os outros de
forma bem regular, parecendo querer me provar alguma coisa.
Mais um dia em que
desordeno tudo na esperança de amanha poder organizar melhor.
Estou com os pensamentos
encilhados, sitiados na masmorra de Dante, quem dera fosse a minha hora chegada
e assim poderia escrever minhas últimas linhas. Talvez eu fizesse um
testamento, ou uma carta para aquela pessoa que precisava saber de umas
verdades, ou quem sabe escrevesse o que nunca soube escrever...um poema de
amor.
Ok, por onde começo?
E começo a chorar...
Essas sessões estão me
matando, ou quem sabe, me ressuscitando...
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