Desmancho
devagar a pele sob esse orvalho amanhecido...
Veias
congestionadas de uma metrópole que se implode a cada amanhecer...
Como
se a vida toda coubesse num pequeno embrulho de papel de seda...
E
a alma voasse nos céus como uma pipa desgovernada...
Uma
simplicidade de laços que se desfazem ao leve toque de recolher dos cometas que
singram o céu...
Onde
a linha tenue que aparta os homens dos deuses desfaz-se na beira da aurora...
E
esse naco de carne descansa sob sua lápide de gelo...
Todo
seu cansaço...
Todas
as dores...
Todos
os prazeres...
E
o cerne dessa história sustentado como uma cartilagem agarrada aos segredos do sagrado
infinito...
6 comentários:
'Como se a vida toda coubesse num pequeno embrulho de papel de seda'
Olá Valéria, adorei a docilidade e a suavidade das palavras.
Como sempre a me tocar a alma.
ÀS vezes é assim que eu penso, a vida tão compactada cabendo numa pequena caixinha,os sentimentos como cartilagens...
Belo demais.
Adoro sua escrita.
Um beijo meu com carinho e admiração...
Oi Cláudia!
Fico feliz que consigo te alcançar e que se identifique com a minha escrita. Mas é isso, tem vezes que nos lemos na escrita do outro, como se nossos passos ecoassem de mansinho...isso de certa forma, nos faz perceber que estamos sintonizados...
Bjão querida!
V.
Olá Valéria, feliz por recebê-la na Central, e também por verificar seu blog em funcionamento. Sempre gostei daqui, pelo carinho que dedica à escrita!
Bjs.,
M-
Oi Miguel,
A Central é um lugar que nunca deixei de passear. Andei um pouco recolhida, mas agora estou de volta. Mais mansa, mais calma...vamos ver no que vai dar...
Agradeço a presença.
Bjãoo
V.
A carne vibra ao absorver a poesia, que transita livremente, por todas as esferas.
Um lindo dia e vida!
Oi Joaquim,
A poesia sempre será o combustível que mantem a carne fremitante com cheiro de liberdade...
Vida longa meu caro... felicidade é um desejo que só alcança, quem se atira sem medo no fundo do poço.
Bjão.
V.
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