29.5.12

...[Arma]dura...

Acordo de um sonho encarcerada em amarras duras que me protegem o corpo, mesmo que me doa a alma inquieta...
Oscilo com movimentos lentos que me levam e me trazem à realidade...
O dia aquecido pela esperança está amanhecendo a minha noite fria e não há nenhum predador à vista...
Sobreviverei...
Sei que ainda tenho asas e preciso apenas mergulhar vertiginosamente sem medo...
E mesmo de olhos fechados sei que não perderei o norte...
Faço parte de um bando que voa para o horizonte...
Estou protegida por asas amorosas que me cuidam...
Há um vento calmo dentro de mim que me sussura palavras de conforto ao ouvido:
"Calma, deixe que o tempo passe!"

3 comentários:

saborevida disse...

...and a rock feels no pain and an island never cry.. (Simon and Garfunkel)

Autêntica V. disse...

Engana-se, toda rocha corre o risco de rachar e foi exatamente o que me aconteceu, eu fraturei a coluna...esse texto é sobre isso...uma espécie de exílio do mundo dentro de mim...uma arma[dura]...
Bjão
V.

saborevida disse...

Sinto muito pela ignorância minha e por não perceber isso na tua escrita. É que eu nunca esperaria algo tão dramático para ti.
Não foi a melhor maneira de saber de tua dores e traumas. Desculpe minha poetisa querida. Tenho muito que aprender a te perceber.

Meu beijo e carinho.

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Fiéis escudeiros! Fàilte!