12.12.11

[Trégua]

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Nos solavancos da estrada...

As armaduras vão desistindo de me acompanhar...

Bebi a alma em goles pequenos até a última gota...
Nem mesmo assim saciei a sede...
Mastiguei a pele inteira até ficar nua...
Nem mesmo assim saciei a fome...
Decepei os cabelos e junto o orgulho...
Sobrou apenas o lenço branco que tremula...
Já não tenho mais forças para odiar te amar...
Trégua!



4 comentários:

€aµ disse...

Puro, simples, nu, sublime.
Abraço!

[Tinta Sangue] disse...

Coisa linda!!! Saudades de Tu...onde andas...nas compras de natal? Eu quero uma caloiiii...
Bjssss

Fanzine Episódio Cultural disse...

Revelo-me ao Pânico

Catapultado me sinto,
Adverso ao perigo
E à misericórdia dos deuses.

Legado ao isolamento me encontro
Ostentando minha ansiedade faminta
Silenciosa e vingativa
... Enlouqueço.

Rindo feito um parvo
Meu juízo me expulsa.
Bebo na fonte da insanidade
Enfraquecendo meus neurônios livres.

Revelo-me ao pânico
Correndo em todas as direções
Em busca do caos
Ora organizado, ora sem nexo.

Caminho perdido,
Redescobrindo um mundo novo,
Um lugar incerto, inconsciente,
Onde o tempo não se faz presente.

Cá estou eu entre quatro paredes,
Refugiando-me na minha própria loucura,
Ora submetido em uma camisa-de-força,
Ora entre depósitos nauseabundos.

*(Agamenon Troyan)

[Tinta Sangue] disse...

Agamenon! Que belíssima contribuição...deixo aqui marcado a minha alegria e a honra em poder ter um espaço para acolher tanta beleza.
Obrigada!
V.

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