Ah essas mulheres que habitam em mim...
Tantos reversos e versos...
Tantas páginas alinhavadas numa tessitura de bordados inacabados...
Escoando em gotejamento intermitente de mares...
Delineadas por marés que cavam em arrebentações as enseadas indolentes do existir...
Cruzam tantas portas escancaradas que batem forte na fúria da ventania...
São tantos sóis que se põem sem vontade de renascer...
Escondem-se sob o manto da noite aguardando as fases da lua...
Fadigadas adormecem sem fechar os olhos...
E acordadas passeiam no universo onírico vertido pelo tempo...
Ah essa mulheres indolentes que tumultuam as vagas da minha existencia...
Habitam inexplicavelmente essa única que veem:
O contorno de um simples reflexo...
4 comentários:
amei!!!!!!!!
Não eram mais dúvidas(como nos escritos de 2011), mas a certeza de tua alma plural. Passastes e reconhecer a imensidão de possibilidades que surgiam a tua frente mas que ainda não sabias como lidar com essa cornucópia feminina, habitando teu corpo.
Acredito que agora está numa "3ª fase", onde já tens um domínio parcial (esqueça, nunca será total), destes entes maravilhosos que te habitam. Falta agora tu arranjares um meio de "organizar essa fila" dessas "mulheres", poéticas, voluntariosas, iradas, amorosas etc, que formam esse belo e instintivo ser, que atende pelo nome de Valéria Cruz.
Um beijão, linda.
Linda! Onde se lê 2011, leia-se 2010, Ok?
Poeta, essas duvidas são desde sempre, e te confesso, continuam(tudo bem, já me convenci disso também...rs)
Hoje faço terapia para aprender a conviver com todas estas, mas de uma coisa tens toda razão, agora eu sei organizar melhora fila, mas os altos e baixo continuam, só que mais brandos.
Segundo minha terapeuta tenho ama de artista e todo artista é assim...inconstante...será?rsrsr
Bjão
V.
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