31.1.11

...O Meu Poder...

Às vezes permito-me ao absoluto abandono...
...abandono de TUDO, para estar em MIM!
Ás vezes permito-me a absoluta ausência...
...ausência do AGORA, para encontrar-me COMIGO!
Às vezes permito-me ao absoluto silêncio...
Silêncio MEU, e só assim consigo ouvir o TODO!
Assim, transponho o meu EU e vou mais além...
...e paradoxalmente percebo...
...quanto mais cheia...
...vazia estou...
...quanto mais vazia...
...enfim...
...transbordar vou!

30.1.11

“O homem é lobo do próprio homem!"

As vezes fico sem saber o que pensar, outras tantas penso que não sei fazer parte dessa engrenagem, me sinto mesmo um ser de outro planeta como alguns amigos meus costumam dizer...
Colei para vocês um vídeo que recebi, se puderem assistam ate o final...quem sabe assim, vendo de fora as atitudes alheias, possamos olhar para dentro e refletir sobre até onde nós pretendemos chegar!

 
“A Paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.”
[Albert Einsten]

 

"...Saudade é melhor do que caminhar vazio..."

COMEMORAÇÃO
A palavra “comemoração” é das mais intrigantes da língua portuguesa. Combinando três elementos fundamentais, ela torna-se sinônimo de festa, celebração e vivas. E de tal forma isto é verdade que nos esquecemos de pode ser também referência a tragédias, eventos dramáticos e fatais.

Afinal o coração da palavra é a palavra “memória” que, quando usada sozinha, tanto pode ser sinônimo de lembranças como de recordações tristes ou negativas, de ausência ou perda.
Hoje, 31 de janeiro, “comemoramos” a SAUDADE!

Uma palavra “nossa”, com origem no latim solitate.  Nem toda língua expressa significado, do que para nos essa palavra representa!


“Você deixou tudo a tua cara...
Só pra deixar tudo
com cara de saudade.”
[Alice Ruiz]


“Saudade é ser, depois de ter.”
[Guimarães Rosa]


“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
[Clarisse Lispector]


“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...”
[Pablo Neruda]


“Saudade a gente tem é dos pedaços de nós que ficam pelo caminho.”
[Marta Medeiros]


“Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.”
[Bob Marley]


“De longe te hei de amar...da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.”
[Cecília Meireles]


“A saudade é um parafuso que quando a rosca cai, só entra se for torcendo
porque batendo não vai.
Mas quando enferruja dentro nem distorcendo não sai.”
[Raul Seixas]




 

29.1.11

...Assim...

Essa coisa de sonhos...
... fantasias de crianças remelentas...
...a entendiam!
Só acredita no que seus olhos registram e seu corpo prova!
Matreira...
...permite-se turvar a mente com os entusiasmos de amantes...
...que se acariciam com promessas ilusórias
...no afã de materializarem seus desejos secretos...
*[...Faz de conta que a mentira que se conta
não é sonho,
nem verdade,
mas será...]
       Sua fome e sede de vida são satisfeitas com unhas...
dentes...
...deixa marcas...
derrama-se em caudalosos rios de prazer ...
lambendo a pele suada...
... embriagando-se nos aromas da lascívia!
E então...
... com o perfume de vida escorrendo dos poros de um corpo satisfeito...
...languida...
abre suas asas e voa...
*Carmo - Zeca Baleiro

28.1.11

Minha Paixão: A dança do ventre!



(escrito ano passado)

...Mudas Mudanças...

Um tropeço...
Um esbarrão...
Que no silêncio atua.
Muda de lado...
Muda de compasso...
Muda os cheiros...
Muda os matizes...
Muda o animo...
Muda de estação!
Cenários adversos...
Portas que se fecham...
Outras escancaram...
E quanto o sol se deita e
as estrelas despertam a lua...
Só resta desabrochar com esse cheiro de vida!

 
"Tudo dança hospedado numa casa em mudança
o mais fundo está sempre na superfície." [LEMINSKI]

27.1.11

...Sorria...Você esta sendo filmado...

Gosto muito de olhar!
Crio todas as minhas opiniões acerca...
Analiso...
Me apaixono...
Afirmo...
Desconsidero...
Discurso em alto e bom som...
Mas, o melhor de tudo mesmo...
É quando sou olhada...
É quando tudo foge ao meu controle...
E é nesse momento...
Em que me sinto mais Eu!

26.1.11

...A Fórmula...

Menina sonhadora vivia tateando pelas nuvens...
Com a boca lambuzada de ilusões...
...sorria inocentemente...
...mas também regurgitava o travo das decepções...
O tempo passou...
...o vento arrancou a fita dos cabelos
...e então...
Pode perceber que é dos olhos que transparece
todo o encantamento de Mulher...
E esta...
...não mais precisa de sonhos e sim...
...tem Desejos!
E de olhos bem abertos...
....descobriu que traz nas mãos a
fórmula alquímica da felicidade!
Assim...
...desperta dos sonhos...
...transbordando em Desejos de MULHER!



"Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser".
(Fernando Pessoa)

25.1.11

...Inteiramente em Partes...

Kandinsky
Um barulho ensurdecedor que se propaga no silêncio do universo...
A força que não pode ser contida prevalece...
Por toda parte vestígios dos estilhaços...
Herança de mais uma hecatombe!
Assim, em átomos flutuantes na imensidão vagueia a essência de estrela...
Aos olhos mundanos, quiçá, a pretensão de
estrela cadente, que em segundos de esperança
corta o céu ...
Inspira desejos...
Aos olhos de expertises, um mero fragmento
atraído ao firmamento...
Inspira conhecimentos...
Aos olhos de poetas...
Ah...olhos da alma...
Sem pudores me entrego em partes e
só assim me sentirei inteira!

23.1.11

Em Si...

Hoje não saberia ser eu mesma...
Visito meu interior de um outro ontem...
Com olhares de amanhã...
*
*
*
Baús lacrados...
Móveis cobertos de poeira...
Fotografias amareladas...
Cortinas poídas...
Espaços inapropriados...
*
*
*
É tempo de reforma!
Dá-me licença...
*
*
*
Estou em obras!


"o barro toma a forma que você quiser
você nem sabe estar fazendo
apenas o que o barro quer."
Paulo Leminski

22.1.11

...Simplesmente Palavras...



Certa vez um sábio me disse: As palavras são
como navalhas...cortam!
Muito refleti sobre isso e entendi a grande verdade que aprendi...
As palavras de amor...
...cortam o medo da solidão...
As palavras de carinho...
... cortam as angustias e as tristezas...
As necessárias palavras certas...
...cortam as duvidas...
As duras...
...a ingenuidade...
As raivosas...
...a paciência!
As tolas...
...a admiração...
As arrogantes...
...a confiança...
As mentirosas...
...a ilusão...
Até mesmo as palavras não ditas...
...cortam as possibilidades...

...Espaços Vazios...

Poderia oferecer- me a delicadas pinceladas de aquarela...
Revelar-me-ia em cores...
Poderia deixar-me ser diluída em pastosa massa de argila...
Escoar-me-ia em formas...
Poderia deixar-me ser ferida por cinzéis contundentes...
Modelar-me-ia em delicadezas...
Poderia misturar-me a pedaços de floresta inerte...
Despertar-me-ia em modelos...
Hoje, mergulhada em um corpo de mulher madura...
Surpreendo-me com tantos espaços vazios...
E então...
Perfilando o desenho do infinito...
Reconheço-me!


18.1.11

...monólogo silencioso...

Com trejeitos quase displicentes, divisou o ambiente exatamente na hora marcada. Avistou o garçom, seu já conhecido que em uma muda comunicação, indicou-lhe que a sua mesa favorita - a do canto entre o gradil de flores e a fonte - estava vazia.
Endireitou os ombros como quem veste uma pesada armadura, olhou de soslaio para seu momentâneo “cúmplice” e com passos calculados foi sentar-se. Ele aproximou-se com a sua habitual elegância e lhe perguntou – o mesmo de sempre? Embora naquele momento ela preferisse um Scott duplo e “cawboy”, assentiu com sorriso glacial. Não lhe cairia bem chamar atenção.
Seu café chegou e foi sorvido calmamente, como gotas de silencio...o pensamento, vagava pelas brumas das lembranças entretido nos Últimos acontecimentos. Fora surpreendida pelo quase anônimo chamado dele. Mesmo que o ar lhe faltasse, decidiu ouvi-lo. Falaram amenidades e dizendo que passaria pela cidade, convidou-a para um café. Em meio ao torvelinho de emoções ela viajou os anos luz que apartam a surpresa da decepção, seria desculpas para vê-la ou ela estava sendo apenas “mercadoria de troco”??! Uma maneira “agradável” de preencher seu tempo ocioso na cidade?
Queria realmente vê-la? Se o motivo da visita fosse saudades, teria lhe dito sem rodeios, ele não era homem de dissimulações...
Não soube definir, mas, debilmente aceitara o convite.
E cá estava, mergulhada nas suas lembranças. Trajada como no primeiro encontro, aquele dia em que fora arrebatada na estação e que desde então, perdera a sua racionalidade tão peculiar de mulher decidida, destemida...oferecera-se ao amor sem exigências, assumindo todas as consequências de não mais pertencer-se. Queria que ele soubesse o quanto fora marcante aquele momento.
As chamas da vela sobre a mesa dançavam, vivas imagens retidas naquele ambiente que já havia testemunhado a felicidade do casal. O Burburinho do ambiente, lhe invadiam os tímpanos, sorrisos displicentes, frases interrompidas, ruídos de beijos apaixonados...ela fazia parte daquela paisagem.
Para disfarçar os tremores das mãos, serviu-se de um guardanapo, cingiu-lhe entre os dedos e mergulhou novamente no seu mar de lembranças...realmente, só estava ali em nome da felicidade que experimentara ao seu lado, analisava agora. O que lhe diria? Não ensaiou nada, afinal, tudo entre eles sempre fora puramente ocasional, nunca conseguiram fazer nada dentro de um script...filhos do acaso que os unia e os acolhia, o mesmo acaso que os mantinha atados um ao outro... desfrutavam longas conversas sérias, bom humor, ideias inteligentes, deliciosas brincadeiras inocentes...momentos de ternura simples e pura... momentos intensos de prazer beirando a exaustão...tudo perfeitamente encaixado, não havia excessos nem faltas...para ela ao menos, fora a magia das suas necessidade de menina romântica que trazia tão resguardada e recatada na sua mais impenetrável intimidade...ele fizera bem o seu papel!
Decerto, só um objetivo nesse momento caustico que já lhe fazia liquida as entranhas, precisava dizer-lhe olhando nos olhos, o que nunca lhe disse: que ele havia sido o SEU AMOR! Sim, por tantas vezes lhe dissera que o amor era só seu, intimo e particular e não dependia dele para existir. Ironicamente, hoje seria a única coisa que tinha em mente a lhe dizer, precisava liberta-se desse amor egoísta, nem que fosse para dizer adeus definitivamente a si mesma...
Pela primeira vez, desde que chegou, olhou em volta, com aqueles olhos de lago transbordando e a única coisa que lhe parecia concreta era o relógio na parede a sua frente, que visto assim de longe, movimentava-se como um abismo em espiral que engolia o tempo...recebeu de volta uma piscadela... Arrepiou-se!
Talvez fosse de frio, percebeu agora a chuva, em consonância com a tormenta que lhe ia no intimo, aumentava rapidamente arremessando-se  nos ladrilhos da fonte, escorria. De volta ao mundo concreto, começou a desconfiar que tudo havia sido um mero sonho, um sonho tão solitário como agora se sentia...a mercê das punhaladas das gotas sobre a pele,  foi rendendo-se a sua velha conhecida lucidez e a respiração agora retumbava em todo corpo, chegava a sentir o ruído dos poros se contraindo.
Levantou a cabeça e avistou o garçom observando-a, com apenas um olhar ele lhe trouxe a conta...saiu na chuva sem abrigo, agora, com o seu céu se esvaindo em grossos pingos de tristeza...podia chorar em paz!
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...Sobre Imagens...

Informo que algumas imagens utilizadas aqui, não são da minha autoria, tendo sido em sua maioria, provenientes do google imagens. Ficando assim, à disposição dos seus respectivos autores, solicitarem a retirada a qualquer momento.

Fiéis escudeiros! Fàilte!