Poderia
oferecer- me a delicadas pinceladas de aquarela...
Revelar-me-ia
em cores...
Poderia
deixar-me ser diluída em pastosa massa de argila...
Escoar-me-ia
em formas...
Poderia
deixar-me ser ferida por cinzéis contundentes...
Modelar-me-ia
em delicadezas...
Poderia
misturar-me a pedaços de floresta inerte...
Despertar-me-ia
em modelos...
Hoje,
mergulhada em um corpo de mulher madura...
Surpreendo-me
com tantos espaços vazios...
E então...
Perfilando o
desenho do infinito...
Reconheço-me!
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