Os ventos
que embalam espumas espraiadas, serenas e misteriosas. O mesmo que nos enlaça,
afaga meus cabelos, beija esta curiosidade que nunca cessa e que me impulsiona
cada vez mais na sua direção. Revolve as areias do tempo, conchas e segredos
guardados no fundo do nosso paraíso, no fundo do nosso [a]mar. Quantos céus
serão necessários para que nossos infernos sejam apagados desse mapa rabiscado,
aqui, entre nós? Quantas luas se deitarão sobre
nós, almas que habitam corpos celestes, nostalgia zodiacal da nossa
existência, etérea una e indivisível.
O
encantamento é grande e a espera, será finda?
Não importa, continuo mergulhada nas bordas dos
teus olhos, meu amor...
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