17.11.15

ESTRANGEIRA

Sinais, traços, os poros estão recolhendo-se. Refazendo o caminho na superfície da pele. Entre os olhos fechados, ainda, esgueira-se a alma Quixoteana. Essa expressão habitual de vida, essa ternura que me veste de bravura todos os dias. Não posso me queixar, cíclicos sempre são todos os movimentos, não importa a direção que eu tome, tudo que o fui e que permanece, levam-me às curvas. O tempo aprofunda-se, o meu olhar, o meu sentir sempre serão estrangeiros fora de mim. Retomo a estrada que me devolve, o que era distante é possível ler com a ponta dos dedos. É muito tarde para os temores, é cedo demais para recolher-me em dúvidas. Esse é o tempo, o tempo que surpreender-me e regozijo. Não penso se foi de propósito, mas tudo está exatamente em consonância com um antigo planejamento: entardecer na maresia.

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