15.7.13

Sinfonia consentida



Abro os olhos como uma música, execução incompleta de um conjunto de notas nostálgicas.
Toma corpo e suspira como uma planície sem flores, um deserto no sol de meio dia. Trêmula e perdida na distancia entre a tátil ausência dos verbos e o tempo que se dissipa na arrebentação.
De quantos rios perenes - de felicidades, e gotas do suor - dos desenganos, é feito um mar de lágrimas?
Quantos acordes são necessários para se desmemoriar uma saudade?
Continuo olhando tudo como se carregasse no rosto duas páginas em branco, pousadas em águas antigas que se emaranham na descida-, desamarrotando nas curvas, renascendo nas enchentes.
É a música que quero do tempo,
Do vento,
Do (a)mar e do esquecimento?
Ainda não consigo terminar esta composição, mas busco as mentiras que com toda a sinceridade, validem os verdadeiros acordes desta consentida solidão.

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