Escrevo
versos inexistentes
entoados
como uma ausência de vida
sugerem
celebração solitária
desamarrando
nós e laços
num pacote
vazio que vaga
sem endereço
sobraram os traços
curvas e
dobras de outrora
retas
perdidas
apagadas
pelo tempo
desperdiçando
grafite
que emudece
como
estrelas enfileiradas
todo o
sorriso cristalizado
em
deslumbramento métrico
descansam
juntos
o teu
presente e o nosso passado
de todas as
vezes que sonho [secretamente]
sem exceção,
juro me
esquecer de
jamais me lembrar
que dia é
hoje!
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