Sinto a cidade
adormecendo saciada
a noite despede-se
no horizonte
com o sol
murmurando
na curva da minha
nuca
profanando o
dia
enquanto o
céu silente
escoa escuridão
misturam-se
faíscas de vermelho e laranja
como um esbanjamento
de desejos
O vento fresco
primaveril deflagra a alvorada
traz no colo
o silêncio do tempo
e nas mãos a fome renovada
coisas que
os dias nunca souberam me dizer
e que eu
nunca
saberei descrever
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