Aquarela de Dircéa Mountfort (Dircéa Alves) |
Sinto
com a ponta dos dedos tua textura todas às vezes que meus olhos se abrem para
dentro de mim...
Quisera
eu poder tocar-te agora e banhar minha saudade na saliva do teu suor...
Meu
corpo arfaria abafado...
Como
se o começo de mim fosse o fim de nós entrelaços ardentes...
Caminhos
secretos que nos levaria sem intenção de querer nos trazer...
E
então nesse instante tocaria com minha alma a tua...
Com
todo o pudor transmutado em querer...
E
deixar-me-ia correr vertigem em teus contornos...
Absorvendo-te
como se em meus lábios pudessem reter todo o teu gosto...
E sei que pronta...
Minhas
fendas se apartariam recebendo-te sumo e sal da terra...
E
germinaríamos enfim adormecidos...
Despertando
o universo...
Como
n’uma pintura de aquarela...
Agora...
Tudo
pudesse caber...
Nenhum comentário:
Postar um comentário