29.5.12

...Súplica de uma estrela...

Galileu, Galileu...
Onde está a tua alegria de passageiro estrelar em que pisavas de mansinho, como se fosse a própria lua a descobrir o meu céu de sorrisos?
Onde está o tempo que criava monstros e fazia correr para trás os ponteiros do tempo, só para poder nominar todas as coisas que descobrias em mim?
Onde está a tua volúpia em desnudar-me, para embriagar-te com meu perfume de constelação?
Foste deliciar-se com os conteúdos dos frascos opacos, e voltaste com os olhos turvos e cansados que não mais me alcançam.
Sinto como se estivesse sendo guardada por um leviatã enfurecido e nem eu mesma sei, se a minha tristeza é porque ainda, enxergas o brilho de uma estrela que já deveria estar morta; ou porque, simplesmente se enfadaste dela.
Vago sozinha nessa imensidão abissal que se interpõe entre nós, a lutar com os fantasmas nebulosos do infinito, que me abrem a sua boca num bocejo negro, indispostos a me engolir.
Galileu...Galileu...
Ainda reluz um último lume de esperança nos meus olhos...
Não permita que eu adormeça...



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Fiéis escudeiros! Fàilte!