Essa é mais uma vez em que ela abre aquela gaveta! Poderia jurar por todos os deuses do olimpo que seria sua “ultima vez”! ?! Aperta os olhos numa tentativa de recuperar a memória, que já lhe vai gasta pelo tempo. Quando foi que fez o primeiro juramento...
Mas, deixando de lado as obrigações das lembranças, segue escarafunchando esse recipiente, que mais lhe parece uma caixa de pandora...tudo tem vida própria. Consegue sentir a respiração entrecortada, os ais, os sorrisos, o escoar das lágrimas...tudo ainda está muito vivo naquele universo paralelo que ela criou para aninhar suas memórias.
Agora suas narinas são inundadas por um impregnante cheiro de mofo. O passado que outrora exalava um perfume de sândalo, agora cheira a mofo. Mais uma vez, se sente inclinada a atear fogo em tudo, destituir-se dessa responsabilidade com suas juras. Mas, algo dentro de si se contorce em alerta, para lembrá-la de que nunca teve obrigação de nada. Compactuou com o destino a nunca se sentir na obrigação de viver, posto que, levaria a vida como um orgasmo múltiplo de incertezas.
E assim, mais uma vez...fecha a gaveta sem culpa. Quiçá algum dia conseguisse esvaziá-la...acondicionar outros pertences...
Quiçá algum dia conseguisse caber inteirinha dentro dela...
Mas, deixando de lado as obrigações das lembranças, segue escarafunchando esse recipiente, que mais lhe parece uma caixa de pandora...tudo tem vida própria. Consegue sentir a respiração entrecortada, os ais, os sorrisos, o escoar das lágrimas...tudo ainda está muito vivo naquele universo paralelo que ela criou para aninhar suas memórias.
Agora suas narinas são inundadas por um impregnante cheiro de mofo. O passado que outrora exalava um perfume de sândalo, agora cheira a mofo. Mais uma vez, se sente inclinada a atear fogo em tudo, destituir-se dessa responsabilidade com suas juras. Mas, algo dentro de si se contorce em alerta, para lembrá-la de que nunca teve obrigação de nada. Compactuou com o destino a nunca se sentir na obrigação de viver, posto que, levaria a vida como um orgasmo múltiplo de incertezas.
E assim, mais uma vez...fecha a gaveta sem culpa. Quiçá algum dia conseguisse esvaziá-la...acondicionar outros pertences...
Quiçá algum dia conseguisse caber inteirinha dentro dela...
Muitas vezes tudo não passa de papel picado...
Outras tantas, documentado memorial que exige ser preservado...
Mas, difícil mesmo é quando não se sabe o que fazer quando os sentimentos estão se rasgando entre seus dedos...
3 comentários:
Já li umas três vezes, até agora só deu vontade de chorar....vou, um dia, abraçar este texto, é muito, muito significativo.
É...sei como é isso, tenho um amiga que colocou voz nele, já escutou? Ficou lindo demais!
Bom te-lo por perto Messias!
Bjão
V.
Obrigado. Transformar seus textos em vídeos torna-os mais especiais ainda.
Agora vou fazer um pedido e espero um dia ser merecedor (tu sabes, né? quem pede é por que não merece. Odeio essa frase!)
Queria ouvir tua voz declamando ou teus escritos. Curiosidade em captar a "estridência carinhosa" do teu falar.
Um beijo
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