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| O Mar - Selma Jacob |
Emudeço-me para que o mar execute essa sinfonia que o destino compos para contar nossa história...
Sublimando a minha ansia de dizer-te tudo aos borbotões...
Observo as ondas arremessarem-se nos rochedos, reproduzindo toda a enfurecida ansiedade que trago n’alma...
Fecho os olhos para aspirar o perfume que meus pulmões ainda detém...
Esse teu cheiro salgado de suor, essa maresia de desejos cristalizados nos meus poros...
Recalcitraram as esperanças de um dia poder mergulhar novamente nas falésias do teu mais infinito querer...
E aqui, solitária nas bordas desse abismo que nos aparta...
Te guardo...
Te aguardo...
*
*
*
Te guardo...
Te aguardo...
*
*
*
Inspirado em um comentário que fiz em [apenas quis]
do Poeta O Transversal - Ricardo Pocinho,
transpiro das entranhas...
6 comentários:
Que belo texto.Ocêanico, profundo e calmamente forte. Texto de mulher. Resultado dessa tua tinta púrpura, rs.
Beijos com sabor de café.
Feliz de saber à reabertura do 22.
Os cílios de mulher farfalhando, tal qual asas de beija-flores, à lisonja do elegante comentário de um genuíno e preferido Poeta...
O que dizer-lhe?
Te guardo...
“...No fim do mundo de cada dia[...]”
Te aguardo...
“Na esquina que beira o precipício de todos os lugares[...] ONDE: Perfura em diagonal as paralelas. Como um gráfico do nosso primeiro encontro.”
Não resisti ao cheiro do café fresquinho do 22!rs
Beijo-te Maurício
dos desejos escrevo-te (a)mar, escrevo-te mar,
aquele onde um dia mergulhámos, num mês qualquer,
que importava isso, que importa a saudade,
ou a tempestade,
ou o abismo em que ecoaram as nossas vozes
em unissono
te quero
te...
Se pudesse parar esse dia,
se pudesse parar esse segundo,
mesmo nos olhos fechados, construir-te-ia um mar de nanúfares,
um mar de margaridas, tulipas e lirios,
dar-te-ia os aromas todos da primavera,
e,
jamais largaria a tua mão
jamais...
Interessante como a sua escrita Poetisa se torna inspiradora, como um pingo de chuva que esconde essa tempestade da Alma, e que quer sair fora, que se quer unir em Mar (em (a)mar). Para além de admirar a tua escrita, existe este sentimento meu de que, quando te acabo de ler, se recomeçar um novo som ouvirei, uma nova imagem aparecerá, um suspiro único. Parabéns. Obrigado pela inspiração em texto meu/teu, honraste-me. Obrigado.
Abraço-te com toda a admiração.
(Ricardo Pocinho - O Transversal)
Ricardo - O Transversal. Poeta amigo a quem prezo profunda admiração e respeito pela sua escrita generosa; que na maioria das vezes, verte n’um (a)mar de palavras...o que minha boca, apenas, sussurraria baixinho ao pé do ouvido, do amor que trago tatuado na alma...
Imensa satisfação de poder no meu cantinho, grafar com as tintas púrpuras que escoam - das intimas entranhas do meu ser, o que meus olhos navegam - além (a)mar, todas as vezes que a tua escrita vou visitar...
Obrigada pela belíssima poesia que esmiuça a musicalidade das entrelinhas...da “sinfonia do meu (a)mar”.
Abraços Poéticos do lado de cá, de uma amadora despretenciosa poetisa.
A sinfonia das aguas ..num bailar ...
um vai e vem que nos inspira a dançar ...
e quem sabe ate a chorar...
Chorar pelo amor que hora esta longe
chorar por não poder estar perto..
ou ainda .. sentir o perfume da agua
salgada, que me traz vc ... em meus
sonhos, na minha pele , em minha boca
assim saboreando-o por completo
Por amor nasci e por amor hei de morrer!
beijo menina ..
°¬°¬Again
Minha querida!
Que bom saber que te inspiro a bailar nessa minha sinfonia tão particular...
Águas salgadas que cristalizam e fazem brilhar os nossos mais sinceros e secretos desejos...eu bem o sei...mas essas mesmas aguas, salgadas,muitas vezes colhidas de lágrimas, compoem a incansável maré ...que nos leva até a morte e nos traz a vida...
Viver é assim...morremos e vivemos de [a]mar...eterna renovação!
Bjs com carinho da tua “Muchi”
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