Hoje acordei estranha. Nos pés aquelas pegadas que me levam no íntimo
da saudade, digital que ninguém jamais lerá. A alvorada me alcança com teu cheiro
impregnando tudo. Em transe, quase consigo ler aquele livro que não escrevemos
juntos e desperto sentindo na pele a recordação do desejo reprimido, aquela
ultima atitude desesperada de fazer-nos crer que seriamos eternos. Lá foram o
vento segue seu curso assoviando como um canto de pássaro preso na garganta, ou
seria seu pensamento vindo visitar o meu? Nunca mais senti a escrita...na
penumbra ainda avisto uma escolta de fumaça, resquício do cigarro baforado...aquele
que também, nunca mais fumei...
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