Provocantes adagas
sensoriais singrando como ondas,
retalham o sentido
do infinito pela metade
e ficamos vulneráveis
ao alcance
dos olhares,
do tato,
do paladar.
Falávamos ainda
desmedidamente sobre o surgimento das constelações,
maresias no
morno fim de tarde,
orbitávamos
como átomos nervosos
formulando ligações que talvez nunca saibamos explicar -
química pura
no fundo de uma simples xícara café!
Tudo que é
sagrado não pode ser explicado pela ciência
e o imenso rasgo que nos uniu
confirma a
despedida,
persistindo com um desejo não saciado.
De que
planeta viemos
e se chegaremos além do fundo do mar?
Muitas respostas
não querem ser reveladas
há tanto a
declarar,
Que nem ouso
reformular!
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