24.11.13

...Paisagem...

Parada. Não que estivessem sem movimento, mas inerte, hibernada nos meus musgos no meio da praça, no rumo de tantas pessoas, mesmo assim sem nenhuma direção.
As reticências me contornam perfilando bordados e eu desejando parar de pensar no que veio antes de mim. Queria poder assinar este divórcio com as dúvidas, sem mágoas, sem dores e poder sair arrastando esta mala entulhada de vazios pelas calçadas, como se levasse flores ao túmulo de um velho conhecido, uma despedida saudosa apenas, render minhas homenagens e partir sem remorsos.

Mas, o tempo me acorrenta e me cobre com este manto da invisibilidade. Os sorrisos ecoam, os transeuntes sedimentam minha estrada e parece que só os pombos enxergam de verdade a minha paisagem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parece que, como toda paulistana, o tempo se assenhora de si.

Anônimo disse...

Um ser humano belo, concreto e convicto, da forma que estou começando a conhecer, tem o direito de abandonar suas correntes, exorcizar seus demônios e guardar, bem guardado nos escaninhos do coração, toda essa mácula e essas "malfeituras" que não coadunam com seus belos e brilhantes olhos negros.

V.Cruz disse...

Fazer poesia, se podemos chamar o que faço de poesia é a forma mais concreta de ser eu, sem precisar sair de mim...rsrs
Bjão,
V.

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Informo que algumas imagens utilizadas aqui, não são da minha autoria, tendo sido em sua maioria, provenientes do google imagens. Ficando assim, à disposição dos seus respectivos autores, solicitarem a retirada a qualquer momento.

Fiéis escudeiros! Fàilte!