Desce
raspando pela garganta...
Tal
qual alpinista no Everest esse choro contido...
Derreado
como entremeios de uma vida desarrumada...
Bordado
sutil que vai escoando...
Frio
e úmido terreno...
Alimento
insosso servido num prato raso...
Solidão...
Nunca
alimenta nem amanhece...
Jaz
em mim dias sombrios...
Desfiguradas
lembranças...
Cadência
das horas...
Trânsito
congestionado...
Barreiras
do tempo...
Não
consigo fechar meus olhos anoitecidos que ainda orvalham...