Nado
nesse oceano sem fim, percorrendo falésias, avisto corais, toco com as pontas
dos dedos a vida marinha que baila ao som do silêncio de [a]mar que há em mim.
Bóiam marinadas lembranças na superfície em que vou recuperar o fôlego,
sustentando-me como se fossem tábuas que me fazem respiração [boca a boca].
Embriago-me com as asas das borboletas que emprestam ao mar o seu farfalhar.
Submergem-me como um gole inteiro para regurgitar-me à tona como se me
devolvesse à cratera da vida, escancarada boca que me expele em solfejos.
Tela da artista Selma Jacob que
presenteou-me sem título à incumbência de [des]escrever-lhe.
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