Um belo espetáculo de horror...
um solo desvirginado das entranhas para fora,
uma indomável profusão liquida e ardente,
que solta urros sem ecos,
aniquilante,
devasta tudo pela frente...
A mais bela e cruel exposição do primitivo...
há muita dor!
E quando toda sua fúria se abrandar, as cinzas se acomodarão e
por algum tempo,
apenas haverá um caminho enegrecido de solidão...
Nesse momento onde não há vivente que suporte, ainda assim,
haverá o vento...e aos poucos soprará essa chaga imensa,
horripilante ferida aberta...e
novas formas irão surgir e
cicatrizes serão delineadas...
E dessa deformada forma, a vida aos poucos retomará mansamente...
a chuva chegará...
os pássaros trarão as sementes e novamente...
diante de toda teimosa vulnerabilidade, a vida voltará a florescer.
Não há como determos os nossos vulcões de sentimentos,
nos abrir em chagas de tristezas e
ter tatuadas cicatrizes de experiencias...
...pois, sempre seremos a fragilidade e a força diante da grandiosidade do
Universo que tudo rege!
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