4.2.16

DIAGONAL

Nada diferenciado além do movimento presente. Havia céu na janela, deslumbramento no teto e as paredes seguiam sorrindo e chorando, projetando sentimentos suados em baixo dos lençóis. Incertezas bailando entre sombras, mordiscando o sono pela madrugada musicada em única nota.  Era como se a sanidade estivesse em férias prolongadas e eu fosse uma sátira do dia evadindo na noite. A única graça esvaía da ponta do cigarro, uma rebuscada fumaça complementando o cenário.

Já não havia passado, de verdade nunca passou, nunca dormiu, nem nunca acordou...

2 comentários:

Miguel Eduardo Gonçalves disse...

Passando para te rever e à tua excelente poética!
Abraço forte,
Miguel

V.Cruz disse...

Miguel querido, que prazer recebe-lo!
Smack!

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