24.10.15

...mente que...MENTE...

Mãos estendias vazias...
...as digitais se perderam...
Olhos serrados...
...imagens borradas...
Ouvidos ensurdecidos...
...os ecos foram raptados...
Lábios ressequidos...
...o sabor tornou-se fel...
...e com tentáculos invisíveis...o vazio...domina um corpo inerte...
Resta-me a mente...
...que me MENTE...
...e dos meus ombros faz saltar asas que contraditoriamente...
...não sabem voar...
...pés de barro...
...arrastam todo o peso pela imensidão...
...não há rumo...
...apenas prumo!

COMBUSTÃO EXPONTÂNEA

Fazemos de conta que tudo vai bem. Pela garganta todos os dias engolindo a seco a distância, frio e amargo cardápio, criado especialmente para nos alimentar e nos proteger de nós mesmos.

Quem dirá do amor que fomos e que ainda permanece? Nunca seremos nós, decerto, evadidos em planetas protegidos em anéis. Guardamos na garganta o ultimo choro, um [a]mar que quiçá, um dia sirva para apagar [apenas e unicamente] minha vida que segue em combustão espontânea.