7.12.14

SILÊNCIO DO TEMPO

Sinto a cidade adormecendo saciada
a noite despede-se no horizonte
com o sol murmurando
na curva da minha nuca
profanando o dia
enquanto o céu silente
escoa escuridão
misturam-se faíscas de vermelho e laranja
como um esbanjamento de desejos
O vento fresco primaveril deflagra a alvorada
traz no colo o silêncio do tempo
e nas mãos  a fome renovada
coisas que os dias nunca souberam me dizer
e que eu
nunca saberei descrever

Nenhum comentário:

Postar um comentário