12.10.14

ASPAS

Como uma flâmula ardendo,
 condenada,
feito argumentos
imprecisos mas enfileirados,
 um tudo,
 entre eu o nada numa noite de lua movediça,
tremulo.
“Apartar-me desse desassossego,
leva este vazio do lado de dentro,
 que se agiganta e
 transborda.
Deita fora minha coleção de ossos e
 afoga minhas queixas
 num gole de gozo.”
Recolha-me
até cessar essa fase de parir dores,
sem eleger prioridades e
 tudo ficar reto,
até que não exista mais chão e eu,
um nada

entre “aspas”.

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