Ainda vejo aqui nestas paredes a
tinta do nosso suor. Azulejos delatores de felicidade e solidão sempre
brilhantes como teu sorriso. Ainda escuto os teus passos percorrendo o pequeno
espaço que nos apartava, como se pudesse reproduzir o roçar da tua barba na
minha pele. São tantos dias inundados de noites insones e chuvas de verão com
cheiro de eternidade. Passeio os olhos pelos vãos da tua ausência e o gato, atento e ciumento, espera o momento da minha distração para desenterrar do vaso
a semente que plantei na esperança de que um dia flores desabrochem e eu possa novamente,
me vestir e sair de casa.
5 comentários:
Comentar o que? Tô morrendo de inveja do cara (rsrsrsrsr)
Eu imploraria aos deuses para esta noite nunca amanhecer
A inveja nunca será um bom sentimento...mas desconfio que ele próprio sinta hoje inveja de si mesmo...
As vezes decidir, continuar, tentar
são atitudes muito pesadas e sofridas para certas pessoas.
Provável que a coragem tenha se despedido dele antes de nós...
Vai saber...
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