16.7.13

...Fogo de Palha...



Reveza o tempo e o vento...
Que por vezes como salamandras...
Dançam vivos dentro do poço...
Queria poder ignorar tudo e partir...
Um cometa pra lua, pra marte...
Para além de todos e principalmente de mim...

Fico pensando de quantas vidas são necessárias para se chegar ao fim dos recomeços?

Sinto-me uma abelha com múltiplos olhos...
Vejo tudo ao mesmo tempo e não tenho vontade de pousa em nada...
Repousar em ninguém...
Nem mesmo no tempo...
Nos últimos instantes...
Confesso...
Não desprego nem prego os olhos...
Faz-se em mim uma algazarra constante...
E a única calma é a esperança...
Esperança que o vento sopre e varra para longe todo esse fogo...
Que creio não passar...
De um espantalho de palha!

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