5.6.12

...Baforadas de Tarde...


Retalhava com os olhos as bordas da alma do vento...
A folhagem indefesa ia sendo arremessada como um tapete sobre a calçada...
Tudo lhe parecia tão familiar!
Que até mesmo o beijo do sol em baforadas de tarde em seus cabelos não a despertavam...
Andava como se flutuassem em passos trôpegos compactando o passado em desalinho...
Ao longe um pássaro trinava uma sinfonia com acordes repetitivamente belos...
Decerto, tudo convidava ao flerte com o amanha...
Mesmo que a jornada sempre a levassem para um ontem sem fim...

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